"" Osteoporose : janeiro 2018

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

De geração pra geração

Crochê de todas as formas



Agora sei fazer Direitinho

Sou Marlene tenho 44 anos e uma filha de 17, moramos em uma casa de dois
quartos em uma cidade bem movimentada, voltada pro turismo com ótimas praias e
paisagens de tirar o fôlego. Todos os dias, mesmo em dia de semana, a cidade se encontra
infestada de turistas de todos os lugares do mundo, mais especificamente argentinos e chilenos.
Sempre trabalhei no comércio local, como vendedora em: Loja de biquínis, roupas,
aluguel de carros de passeio etc. sempre para os outros. Minha rotina era essa, acordar
cedo, deixar minha filha na escola e ir trabalhar. Não era ruim, tirando ter que trabalhar
aos fins de semana, e trabalhar a noite chegando de madrugada em casa, dependendo do
lugar que eu trabalhasse.
Sempre sonhei em ter algo meu, em ter algo que o lucro viesse para mim, mas eu não tinha
capital para isso.Até que um dia dei a doideira de trabalhar em dois lugares, minha filha já
estava maior e sabendo se virar,deixava tudo arrumado para ela e de manhã trabalhava em
um mercado e a noite em um bar local bem conhecido, como atendente.




Solução de vida

E assim foi por 3 anos, trabalhando muito e guardando o máximo de dinheiro
possível, dentro desses 3 anos recomecei a fazer uma coisa que aprendi com minha
mãe, o crochê. Comecei a fazer biquínis e acessórios para a moda praia, vendia no meu
trabalho e para os vizinhos, e assim começou a se espalhar e cada vez mais o número de
encomendas crescia, desde toalhas pra enfeitar mesas de hotéis e restaurantes, até roupas
em grande escala.
Nesse momento decidi ensinar o oficio a minha filha que já estava com 15 anos, comecei
a ensinar coisaspequenas para ela, biquínis, topes, saias. Daí que ela teve a ideia e criou
em uma rede social, uma página para divulgar nosso trabalho. E o número de pedidos
quadriplicou. Sai do meu emprego da parte da manhã e foquei no crochê. Peças e mais peças
Compras de linhas e agulhas, tudo para fazer em tempo recorde, mas tudo feito
perfeitamente e nos mínimos detalhes. Me senti tão orgulhosa do meu trabalho,
de algo feito por mim, algo que aprendi com minha mãe e agora passo para minha filha.
Depois de 3 anos trabalhando pra juntar o dinheiro necessário, aluguei um espaço perto
da rua principal do centro, dei dois meses de aluguel adiantado, comprei manequins,
coloquei prateleiras, tudo que uma loja precis. Depois de uma semana terminando de
arrumar, abri minha primeira loja, início o lucro que entrou foi praticamente todo para os

fornecedores de linhas e agulhas, para pagar as despesas, mas nos meses seguintes
as vendas começaram a dar lucro, pedidos de encomendas cresceram a cada dia mais,
começamos a fazer roupas com enfeites de crochê, contratei 3 funcionárias, duas para me
ajudar na confecção e a outra para ajudar na venda da loja. Todo esse trabalho é uma terapia
para a menopausa

O tempo foi passando a loja cresceu, mudamos para rua principal do centro, em um
espaço maior. Mudei de casa, para uma de 2 quartos, sala, copa, cozinha 2 banheiros.
Comprei um carro, contratei um motoboy para entrega de peças facilitando a vida das clientes.
Agora estou com 3 lojas, duas em minha cidade e em uma vizinha, meu crochê, minha arte
mudou minha vida, e hoje posso dizer que me sinto realizada